As primeiras impressões do Chelsea de Frank Lampard

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Variação Tática

Lampard vem modificando a estrutura de jogo do Chelsea, a equipe já passou por um 4-2-3-1, na derrota para o Manchester United, e por um 4-3-3 na SuperCup contra o Liverpool, mas não é só a distribuição espacial que vem se alterando, Lampard se mostra um técnico com bom repertório ao montar e remontar a estratégia de sua equipe ao longo dos noventa minutos.

Defesa

Assim como foi em toda pré-temporada a equipe continua a apresentar instabilidade defensiva, principalmente no duelo contra o Manchester, entretanto na partida contra os atuais campeões europeus houve uma nítida melhora no sistema, isso se deu por conta da compactação entre as linhas do time. Na estreia da PL, os Blues utilizaram uma marcação alta com até 4 jogadores pressionando a saída de jogo do adversário, o problema se dava no instante em que o oponente conseguia escapar desta pressão, o meio campo estava extremamente exposto, com poucos jogadores e muitos espaços vagos, o que foi um convite e tanto para os Red Devils. Já pela Super Copa, o Chelsea utilizou uma marcação com mais homens no meio campo, assim o time se tornou mais coeso e balanceado, além disso, a equipe subiu a linha defensiva gerando desconforto ao clube portador já que este terá menos espaço para criar ataques.

A compactação foi ponto crucial para o Chelsea elevar seu nível competitivo, a distância entre as linhas durante o jogo contra o United tornou a equipe vulnerável e propiciou o placar elástico, a transição ocorreu de forma lenta e os jogadores não eram capazes de cobrir os muitos espaços deixados entre os elos de marcação. Com a entrada de Kante, nos onze iniciais, os Blues ganharam mais controle no momento defensivo, a marcação em zona sempre mantinha, no mínimo, 2 homens entre as linhas, ocasionando assim uma maior compactação, logo, menos buracos a serem explorados.

Ataque

As modificações não ficaram apenas no momento sem bola, no ataque, notou-se uma alteração de estratégia na busca pelo gol. Diante do United, as peças ofensivas foram Pedro e Barkley pelos lados, Mount como armador e Tammy Abraham sendo a referência, a ideia chave desse jogo se dava na troca de posição constante entre os homens de frente. Passes rápidos surgiram como válvula de escape para romper a marcação alta dos mandantes, a velocidade e a dinâmica eram a base da criação dos comandados de Frank Lampard. Já no embate contra o Liverpool, mudanças ocorreram, Pulisic ganhou a vaga pela esquerda e Giroud ficou com a função de centro-avante, além da troca no meio anteriormente citada. A ideia, nesse caso, era a recuperar a posse e imediatamente ligar seus pontas, que iriam infiltrar nas costas dos laterais dos Reds, que sempre apoiam muito no ataque.

Conclusão

Embora os resultados não foram os melhores, há algo de positivo nesse começo de trabalho de Frank Lampard, o Chelsea passa por uma fase de reconstrução e Lampard busca sua afirmação como técnico, a equipe tem pontos fracos que só serão corrigidos com o tempo na base de treinos e jogos, o time pode evoluir e incomodar, mas tudo isso a médio e longo prazo, não há espaço para ideias de terra arrasada. A paciência deverá ser a maior virtude para o torcedor Blue nesse ano, evolução de promissores jogadores, amadurecimento de Lampard no cargo e desenvolvimento de uma cara para a equipe são fatores cruciais para o sucesso. Não há recompensa sem trabalho.

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